Esta semana funcionários da Secretaria
Municipal de Saúde estiveram na EPOH com os seus fantoches, com o objetivo de
levar às crianças e funcionários da escola para a importância da prevenção e
combate a dengue.
A ação mais simples para prevenção
da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem
vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso
eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.
A regra básica é não deixar a água,
principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.
Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas
governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para
interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45
dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
Ciclo de Transmissão da Dengue (Imagem: MDS)
Então, a dica é manter recipientes,
como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados.
E não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de
plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados,
bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de
cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de
outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.
É bom lembrar que o ovo do mosquito da dengue pode sobreviver até 450 dias,
mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba
água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de
tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os
recipientes com água e sabão.
Como eliminar as larvas e os mosquitos
da dengue
Pesquisadoras da Universidade Estadual
Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto (SP) descobriram que a cafeína é
fatal para o desenvolvimento da larva do Aedes aegypti. No estudo, elas
verificaram que quanto maior a concentração de cafeína na água parada contida
em vasos, ralos e plantas, menor o tempo de vida das larvas. De acordo com as
cientistas, foi registrada uma taxa de mortalidade de 100%. Nenhuma das
larvas conseguiu chegar ao último estágio de desenvolvimento.
Resultados semelhantes foram obtidos
com a borra de café. Em laboratório, quatro colheres de sopa de
borra de café bloquearam o desenvolvimento de larvas mergulhadas no equivalente
a um copo de água.
Em situações de epidemia de dengue, o
método de combate mais usado contra a reprodução do mosquito é a aplicação de
inseticidas, mas a maioria desses produtos é tóxica. Além disso, com o tempo,
os mosquitos podem adquirir resistência a essas substâncias. A borra de café
funciona como um inseticida natural e não faz mal para seres humanos, animais e
plantas.
Outros produtos, como o sal de cozinha
e a água sanitária, têm sido recomendados contra o Aedes egypti. Mas há
limitações: eles não podem ser aplicados em plantas, por exemplo. A borra é um
resíduo produzido diariamente na maioria das residências. Ela pode ser jogada
sobre o solo dos jardins e hortas, na terra dos vasos ou dentro das bromélias.
Não se deve diluí-la em água antes de aplicar.
A larva se intoxica ao ingerir extratos
de borra do café. A quantidade de borra a ser utilizada depende da quantidade
de água acumulada. Se o local contém o equivalente a meio copo de água de chuva
ou de rega, por exemplo, duas colheres de sopa de borra bastam. A mesma
quantidade de borra nova deve ser colocada a cada sete dias.