quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ACIDENTES DOMÉSTICOS

No dia  26.10 a equipe da P.S.E. esteve em nossa escola com objetivo de ministrarem uma palestra com o tema "Acidentes Domésticos". 
Parte substancial dos traumatismos ocorre dentro de casa. A pessoa encosta o braço na frigideira quente ou no ferro de passar, joga carne na panela, a gordura pula e atinge a mão de quem está cozinhando. Nesses casos, em geral, as lesões são pequenas e saram  sozinhas. No entanto, queimaduras mais extensas e graves também acontecem e são comuns em crianças que se aproximam do fogão, tocam nos cabos das panelas e viram o conteúdo – leite, molho, água fervendo – sobre o próprio corpo.
Lesões com sangramento provocadas por objetos afiados e quedas também ocorrem com certa frequência dentro de casa e, não raro, notícias sobre mordeduras de cachorro e afogamentos ocupam espaço no noticiário da imprensa.

Prevenir esses acidentes deve ser preocupação de todos nós a todo momento. Muitos deles seriam evitados com medidas simples e um pouco mais de atenção
Abaixo colocamos em destaque  alguns pontos da palestra:
Como pode ser definido o acidente doméstico?
Acidente implica a ideia de fatalidade, de alguma coisa inevitável. No entanto, na imensa maioria das vezes, tanto os acidentes ditos domésticos como os que ocorrem fora de casa não têm nada de acidental. São provenientes de situações que poderiam ter sido evitadas. Por isso, melhor seria usar o termo genérico — trauma –, ou específico – queimadura, queda, afogamento – e esquecer a palavra acidente nesses casos.

Quais seriam, então, os traumas domésticos mais frequentes?
Embora não possua números definidos a respeito, com certeza, os traumas domésticos variam de acordo com a faixa etária. As causas mais comuns e mais graves são sufocação nos primeiros anos de vida e quedas nas pessoas mais velhas.
De modo geral, por alguma razão, a criança acaba morrendo sufocada por cobertores, lençóis ou por estar em posição inadequada. Já nas faixas de idade mais avançadas, as quedas são a causa mais comum de morte por traumas. Quedas que ocorrem em escadas se a residência foi construída e/ou arrumada sem levar em conta alguns aspectos básicos de prevenção e segurança. Entretanto, elas podem ocorrer em qualquer faixa de idade. Por exemplo, traumatismos provocados por quedas são comuns em crianças que sobem na laje da casa para empinar papagaio.
Outros traumas domésticos que costumam ocorrer com certa freqüência são os afogamentos em piscinas, rios e represas, as queimaduras e as mordidas de animais.
Quais são as medidas que devem ser tomadas de imediato quando ocorre um trauma com sangramento?
Um dos ensinamentos que a vida me proporcionou no atendimento de emergência é que a primeira preocupação de todos nós deve ser não agravar a situação do paciente com medidas inadequadas. Portanto, em cortes, queimaduras ou outros tipos de traumas, na medida do possível, deve-se evitar o uso de produtos químicos ou de soluções caseiras.
Não existe sangramento, em lugar nenhum do corpo, que não estanque com a simples compressão do local em que está ocorrendo a hemorragia. Tanto faz que o sangramento seja no pé, na mão ou na cabeça. Se a pessoa pegar um paninho limpo e exercer um certo grau de pressão sobre a ferida, pára de sangrar. O que não pode é desesperar-se, fazer garroteamento ou colocar qualquer substância em cima. Sangrou, põe um paninho limpo sobre o ferimento e aperta. Se for um corte de menores proporções, em três ou quatro minutos, terá parado de sangrar e acabou o problema. No entanto, se a lesão for maior e o sangramento mais intenso, a vítima deve ser levada ao hospital para ser atendida por profissionais da saúde, que cuidarão não apenas do ferimento, mas tomarão outras providências, como saber se o paciente foi vacinado, se precisa de antibiótico ou deve ser encaminhado para o serviço de cirurgia. Às vezes, mesmo um corte pequeno pode necessitar de procedimento cirúrgico, mas esse é um julgamento que cabe ao profissional de saúde dentro do hospital.

O que se deve fazer no caso de mordedura de cachorro?
Esse é um problema muito crítico e que pode revestir-se de uma série de peculiaridades. Vamos imaginar que a mordida de um cachorro tenha provocado uma lesão traumática muito grande numa criança, porque arrancou um pedaço de pele, de músculo ou machucou a articulação, por exemplo. Obviamente, nessas condições, o tratamento só pode ser feito em regime hospitalar. Entretanto, como está implícito que a mordedura de qualquer animal, inclusive de humanos, pode provocar infecções que se alastram, porque na boca de todos eles existem várias bactérias, minha sugestão é que se recorra ao serviço de emergência, mesmo que o ferimento seja pequeno. Não é raro, dias depois do trauma, a criança ou o adulto aparecerem com infecção das partes moles (pele, músculo) muito extensa. Além disso, ao morder, animais também podem transmitir vírus, como o da raiva, e isso requer cuidados especiais.

As pessoas devem procurar atendimento médico mesmo que as mordeduras sejam pequenas e não haja sangramento?
Sangramento não é o que causa preocupação maior nas mordeduras. O problema é a infecção que se manifesta dias depois. Por isso, insisto em que a pessoa procure um médico para orientar as medidas que devem ser tomadas quando for mordida por algum animal.

Um dos traumas mais freqüentes em casa são as queimaduras e as pessoas se valem de medidas estranhas para aliviar a dor: esfregam manteiga, põem pó de café, passam o cabelo no local queimado. O que é certo fazer nesses casos?
Não se deve pôr absolutamente nada sobre a queimadura, nem mesmo uma substância química vendida nas farmácias e promovida pelos laboratórios, na imprensa. Se a lesão for superficial, a única coisa a fazer é proteger o local, a fim de evitar que uma batida ou escoriação possa causar dor, só por causa disso.

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